O artesanato da região Centro-oeste é uma forma de expressão cultural que reflete a identidade, a história e a diversidade de um povo. No Brasil, o artesanato é uma atividade que envolve milhares de pessoas, gerando renda, preservando tradições e valorizando a criatividade. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre o artesanato da região Centro-Oeste, que abrange os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal.
A região Centro-Oeste é conhecida por sua riqueza natural, com paisagens que vão desde o cerrado até o pantanal, passando pelo planalto central e pela chapada dos Guimarães. Essa diversidade se reflete também na cultura e no artesanato da região, que apresenta influências de diferentes povos, como os indígenas, os africanos, os portugueses e os imigrantes de outras regiões do país.
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O artesanato da região Centro-Oeste fica marcado pela utilização de materiais típicos da flora e da fauna local, como a madeira, o couro, as sementes, as fibras vegetais, as penas e as escamas de peixes. Além disso, o artesanato também expressa as manifestações religiosas, folclóricas e artísticas da região, como a festa do Divino Espírito Santo, a cavalhada, o cururu e o siriri.
Goiás é um estado que possui uma forte tradição no artesanato, especialmente na produção de cerâmica, que remonta aos tempos pré-coloniais. A cerâmica goiana se destaca pela variedade de formas, cores e técnicas, que vão desde as peças utilitárias até as esculturas decorativas. Um dos principais centros de produção cerâmica é a cidade de Goiás Velho, onde se encontra o Museu de Arte Sacra da Boa Morte, que abriga uma coleção de imagens religiosas feitas em barro.
Outra modalidade de artesanato típica de Goiás é a renda irlandesa, introduzida no estado pelos imigrantes irlandeses no século XIX. A renda irlandesa feita com agulhas e fios de algodão ou seda, formando desenhos delicados e complexos. Usa-se a renda irlandesa para confeccionar roupas, toalhas, lençóis e outros objetos. Um dos locais onde se pode encontrar essa renda é a cidade de Pirenópolis, que também é famosa pelas suas festas populares.
Mato Grosso é um estado que possui uma grande diversidade cultural e ambiental, com influências indígenas, africanas e europeias. O artesanato mato-grossense reflete essa mistura, utilizando materiais como a argila, a palha de milho, o capim dourado, o babaçu e o buriti. Um dos exemplos mais conhecidos do artesanato mato-grossense é o bordado cuiabano, que consiste em bordar desenhos geométricos ou florais em tecidos brancos ou coloridos. O bordado cuiabano usa-se para decorar roupas típicas da região, como as saias rodadas e os chapéus de palha.
Outro exemplo de artesanato mato-grossense é a viola-de-cocho, um instrumento musical feito com madeira e cordas de tripa de boi. A viola-de-cocho tem um som característico e usa-se para acompanhar as danças folclóricas do estado, como o cururu e o siriri. Portanto viola-de-cocho é considerada um patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Mato Grosso do Sul é um estado que possui uma forte ligação com o pantanal, uma das maiores áreas úmidas do mundo. O artesanato do estado aproveita os recursos naturais do pantanal para criar peças originais e sustentáveis. Um dos materiais mais usados é o couro de peixe, tratado e tingido para fazer bolsas, carteiras, cintos e outros acessórios. O couro de peixe vem de espécies como o pacu, o pintado bem como o dourado, que são abundantes na região.
Outro material que é utilizado no artesanato do estado é a fibra da taboa, uma planta aquática que cresce nas margens dos rios e lagos. A fibra da taboa trançada-se para fazer cestos, tapetes, chapéus e outros objetos. Além disso com fibra da taboa também se faz bonecas, que representam as mulheres pantaneiras, com seus trajes típicos e seus adornos.
O Distrito Federal é a capital do Brasil e o centro político e administrativo do país. O artesanato do Distrito Federal reflete a diversidade cultural e social da região, que recebe pessoas de todas as partes do Brasil e do mundo. O artesanato do Distrito Federal utiliza materiais como o metal, o vidro, o papel, o plástico e o tecido para criar peças variadas, que vão desde as bijuterias até as esculturas. Um dos locais onde se pode encontrar o artesanato do Distrito Federal é a Feira da Torre de TV, que funciona aos fins de semana e reúne centenas de artesãos.
O papel reciclado acaba sendo um dos destaques do artesanato do Distrito Federal, sendo feito por cooperativas de catadores de lixo. Usa-se esse tipo de papel por exemplo para fazer cadernos, agendas, cartões e outros produtos. O papel reciclado também é usado para fazer bonecos, que representam personagens da cultura brasileira, como o saci-pererê, a cuca e o boitatá.
Ao contemplarmos a complexa teia de significados e histórias que envolvem o artesanato da região Centro-Oeste, somos convidados a uma jornada emocional e intelectual através do tempo e da cultura. Cada peça artesanal carrega consigo o eco das vozes passadas, o vibrante presente da criatividade e a promessa de um futuro onde as tradições continuarão a florescer.
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À medida que apreciamos a profusão de cores, as formas meticulosamente moldadas e as técnicas transmitidas com amor e dedicação, mergulhamos na essência da identidade regional. O artesanato não é meramente uma criação estética, mas um elo vivo com as raízes, com os modos de vida.
Para honrar esse patrimônio e fomentar o crescimento das comunidades locais, é crucial não só admirar, mas também valorizar e apoiar o artesanato do Centro-Oeste. Ao adquirir essas peças únicas, contribuímos diretamente para a subsistência dos artesãos, permitindo que eles continuem a transmitir seus conhecimentos para as futuras gerações.
Assim, convidamos você a participar desse movimento de celebração e preservação cultural. Então Compartilhe a riqueza do artesanato do Centro-Oeste, deixe que as histórias por trás de cada criação inspirem outros, e juntos, criemos uma corrente de apreço pela diversidade e talento que florescem em cada detalhe artesanal. Por fim curta, compartilhe e faça parte desse esforço para manter viva a tradição e a magia do artesanato do Centro-Oeste brasileiro.
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